Plantas podem ajudar a tratar o esgoto doméstico

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Plantas aquáticas podem auxiliar na purificação da água que normalmente é jogada fora no banho, nas pias, na máquina de lavar e até nos vasos sanitários. Numa casa comum, essa água passa por uma fossa, pelo filtro anaeróbio e depois é despejada no esgoto. Por meio de uma cisterna e de plantas, é possível purificá-la em até 95% e reutilizá-la para irrigação ou para lavar carros e calçadas.

É possível usar plantas como cavalinha, copo de leite, bananeira, papiro, entre outras. Elas se alimentam da matéria orgânica da água, inclusive de coliformes fecais. É importante lembrar que essa água não volta a ser potável. Por isso, não deve entrar em contato direto com vegetais comestíveis, como hortaliças, por exemplo. Mas é seguro usá-la na irrigação de pomares.

LENTILHA-D’ÁGUA, A PEQUENA PLANTA QUE LIMPA O ESGOTO


A lentilha-d’água, planta aquática capaz de reduzir de 15% a 20% a carga orgânica do esgoto doméstico utilizada em estações de tratamento dos EUA, China, Índia e Austrália, tem menos de dois centímetros e é considerada a menor do mundo entre as angiospermas (plantas com flores). O Laboratório de Genômica e Proteômica de Plantas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) analisa duas espécies, uma do gênero Spirodela e outra do Lemna. “Vamos caracterizá-las geneticamente e verificar a eficiência delas no tratamento de esgoto”, diz o coordenador do laboratório, Tercílio Calsa Júnior.

A pesquisa teve início em janeiro, quando a equipe de Tercílio recebeu a visita de equipe da Rutgers University, em Nova Jersey, nos EUA. “Eles pesquisam as lentilhas-d’água há dez anos e lá a planta já é usada em estações de tratamento”, informa Tercílio, vinculado ao Departamento de Genética da UFPE. No Estado, o tratamento é biológico, mas não usa plantas. A diretora de Tratamento de Esgoto da Companhia de Saneamento de Pernambuco (Compesa), Fátima Barbosa, considera a pesquisa promissora. “Claro que a pesquisa é interessante. Além de ser um processo natural, pode significar redução de custos”.

Entusiasta da planta, o geneticista da UFPE acredita que as condições climáticas do Nordeste favorecem o cultivo da lentilha-d’água. “Aqui é um dos locais de ocorrência natural da espécie, que só precisa de área, sol e nutrientes. Temos a temperatura ideal – 30º a 32º – e, no caso de estações de tratamento, a carga orgânica funciona como alimento”.

A minúscula planta, que forma extensos tapetes verdes e é confundida com lodo ou algas nocivas, possui raiz, caule, folha, folha, flor e fruto. Embora tenha estrutura floral, a reprodução normalmente ocorre por brotação. Ou seja, a planta dá origem a clones. O mesmo ocorre com a cana-de-açúcar, carro-chefe das pesquisas do LGPP. Excepcionalmente, pode haver floração e frutificação.

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